sexta-feira, 22 de agosto de 2008

Tropicalismo por Mary




Você não conhece o trabalho de Mary Design? Então, vá correndo às melhores lojas que trabalham com bijoux em Beagá – ou então recorra às revistas especializadas em moda onde as peças desta artista/artesã/estilista mineira estão sempre presentes.
Eu sou suspeita para falar do trabalho de Mary Figueiredo Arantes, porque existe entre a gente uma amizade, digamos, siamesa, uma cumplicidade intelectual e espiritual, enfim...um amor danado.
Apesar de ser difícil separar a admiração que sinto por essa moça nascida em Rio Pardo, no Vale do Jequitinhonha, o seu talento é inegável. Mary é uma espécie de unanimidade com relação às suas criações autorais e criativas, embasadas em profundas pesquisas, ditados pela poesia, pelas reminiscências da infância, pelo coração.
A cada temporada, ela embarca em uma viagem especial: se for falar do seu passado profissional, não haveria espaço no minifúndio deste humilde blog, tamanha a sua versatilidade. Vamos, então, abordar a coleção atual, a que está nas araras do seu showroom, no bairro da Serra.
Nela, Mary entrou fundo no mundo da tropicália, misturando sua história pessoal com os acontecimentos daquela época. A riponga adolescente de “cabelos encaracolados, boca vermelha, adepta do uso de saias floridas e das rasteiras” se junta a Hélio Oiticica, Glauber Rocha, Chacrinha, Grande Otelo, Os Mutantes, Caetano Veloso e Gilberto Gil, anos 70, hippies e muita coisa mais.
O resultado, minha gente, é exuberante, colorido, pop, com ícones revisitados em tecidos, couros, resinas, sementes, fibras naturais, flores e flora do cerrado. Imagino que seja difícil para as compradorass escolherem entre a diversidade de colares, brincos, pulseiras, anéis...
As new hippies vão adorar, as antigas entram em remember comovente. Dá vontade de ter tudo e sair, por aí, sem lenço e sem documento, assobiando “Alegria, Alegria”, de Caetano Veloso.
Confiram o site http://www.marydesign.com.br/ e depois me contem.

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